Nasci em Campinas em 1971, na Maternidade de Campinas, onde fiz minha residência médica e especialização em ginecologia e obstetrícia em 1996 e 1997. Durante vários anos, realizei partos na mesma maternidade, um grande centro com uma média de mil partos por mês e todos os recursos necessários, incluindo uma UTI neonatal.
Há 20 anos, fui convidado pelo Dr. Skandar para vir a Casa Branca e realizar partos, uma média de 20 por mês. Apesar da falta de recursos, conseguimos trazer muitos casa-branquenses ao mundo por 10 anos. Naquela época, a Maternidade de Casa Branca contava com a ajuda do Dr. Sergio Osaki, Dr. Chinês, Dra. Maricy e Dr. Marco Antonio.
O pré-natal e o parto eram realizados na mesma maternidade, o que fazia a diferença, pois a paciente tinha confiança no médico do pré-natal que, no momento do parto, tinha uma relação médico-paciente de confiança. Em muitos casos de urgência, como descolamento de placenta, nossa equipe fazia a diferença, correndo para o hospital e resolvendo a situação em alguns minutos. O Dr. José Elias e o Dr. Ranzani também auxiliavam às vezes nas cesáreas.
No entanto, observo que, apesar das mudanças governamentais em busca de uma maternidade regional, ainda não vejo melhorias. Acredito que é necessário humanizar o pré-natal e o parto e montar um serviço de medicina fetal que reduza os casos de óbito fetal.
A falta de uma maternidade em Casa Branca é sentida, especialmente em momentos de urgência e emergência, quando a gestante não tem tempo de se locomover para outros municípios. Minha experiência destaca a importância de ter uma maternidade local, não apenas para o nascimento de novos casa-branquenses, mas também para garantir a segurança e o bem-estar das mães durante a gravidez e o parto.